PÓS FED - FISCAL NO RADAR

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Mercados Globais Reagem a Sinalizações do Banco Central dos EUA

O clima de pessimismo se intensificou ontem após Jerome Powell, presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), indicar que os cortes de juros esperados para 2025 podem ser mais moderados. Essa sinalização elevou as chances de manutenção da taxa de juros na próxima reunião, marcada para 29 de janeiro, para mais de 90%, segundo a Bolsa de Chicago (CME).

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No Brasil, a instabilidade foi agravada pelo atraso na votação do pacote fiscal na Câmara, levando o Ibovespa a cair 3,15% e perder R$ 130 bilhões em valor de mercado. Hoje, no entanto, o cenário apresenta uma recuperação moderada. O índice EWZ, que reflete a B3 em Nova York, sobe 1,2% no pré-mercado, impulsionado pelo anúncio do Banco Central de um leilão de 3 bilhões de dólares, o maior nos últimos dias, com o objetivo de conter a disparada do dólar, que chegou a R$ 6,31 na máxima intradiária de ontem.

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Outro ponto de atenção será a coletiva de imprensa conjunta de Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, atual e futuro presidente do Banco Central, respectivamente. O mercado aguarda sinais sobre a estratégia de política monetária e medidas para enfrentar os desafios fiscais e cambiais.

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Commodities também sentem o impacto do cenário global. Juros altos nos EUA pressionam o minério de ferro, que caiu 1%, e mantêm o petróleo Brent estável em torno de 73,50 dólares o barril. O índice do dólar (DXY) também apresenta leve recuo de 0,1%, refletindo a cautela dos investidores.

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Esses movimentos reforçam que o cenário global está diretamente influenciado pela política monetária dos EUA, enquanto o Brasil tenta equilibrar seus desafios internos com intervenções pontuais no mercado cambial.

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